Quaest: Lula lidera os cenários de primeiro turno; e Bolsonaro (mesmo inelegível) segue sendo o nome mais forte da direita

Por Felipe Nunes | CEO
Publicado em 17 de julho de 2025

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A pesquisa Quest, em parceria com a Genial Investimentos, traz cenários eleitorais e mostra que o presidente Lula mantém a dianteira nas simulações de primeiro turno.

Lula lidera os quatro cenários com entre 30% a 32% das intenções de voto no primeiro turno. Na comparação dos nomes da direita entre cenários, Bolsonaro aparece como o nome mais competitivo da direita com 26%, seguido de Michelle que teria 19% no cenário sem Jair Bolsonaro. Tarcísio teria 15% no cenário em que se torna o principal candidato da direita, assim como Eduardo Bolsonaro, que também teria 15%, se fosse o candidato indicado por Bolsonaro. Ciro Gomes teria entre 8 e 12% nos diferentes cenários, enquanto os demais candidatos não ultrapassam 7%.

Efeito Trump prejudica desempenho da direita em simulações de segundo turno

A associação de Bolsonaro ao tarifaço anunciado por Donald Trump impactou negativamente sua competitividade no cenário de segundo turno. Em maio, Lula e Bolsonaro apareciam empatados, com 41% cada. Agora, Lula abriu 6 pontos de vantagem: 43% x 37%.

O mesmo efeito atingiu outros nomes da direita. Tarcísio, que em maio estava a apenas um ponto de Lula, agora aparece 4 pontos atrás, tecnicamente empatado no limite da margem de erro. Michelle, que empatava no limite da margem de erro na última pesquisa, perderia em um eventual segundo turno por 43% a 36%.

Já o governador do Paraná, Ratinho Jr., que não se pronunciou sobre o caso, também teve queda: passaria de empate técnico na última pesquisa para uma derrota de 41% a 36% em um eventual segundo turno.

Outros nomes da direita seguem sem crescimento significativo

Eduardo Bolsonaro, mesmo com o destaque internacional no episódio do tarifaço, manteve o mesmo desempenho das últimas pesquisas. Em um eventual segundo turno, Lula venceria com 43% contra 33% de Eduardo Bolsonaro em um eventual segundo turno.

Romeu Zema e Ronaldo Caiado também não apresentaram avanços ou perdas relevantes. Lula venceria ambos se a eleição fosse hoje, por 42% a 33% em ambos eventuais segundo turno.

Pesquisa ajuda a entender o “piso” e o “teto” dos grupos políticos

A pesquisa ajuda a mapear o piso e o teto eleitoral dos principais grupos políticos. Lula varia de 30% nas simulações de primeiro turno a 43% nos cenários de segundo turno. Já o campo bolsonarista, por sua vez, tem desempenho entre 15%, nas simulações de primeiro turno, e 37% nas simulações de segundo turno.

O fôlego de Lula vem principalmente da sua base. Entre os eleitores petistas, 90% defendem a candidatura de Lula. A defesa também é alta entre a esquerda não petista (72%), além de 28% do grupo mais ao centro.

Do lado bolsonarista, o apoio à manutenção da candidatura de Bolsonaro cresceu apenas dentro da própria base. Hoje, 69% daqueles que se identificam como bolsonaristas apoiam a manutenção da candidatura. Na direita não-bolsonarista, a maioria prefere que ele abra mão. E no centro, apenas 17% defendem sua permanência como candidato para as eleições do ano que vem.

Tarcísio é o favorito para substituir Bolsonaro; Eduardo dobra entre bolsonaristas

Caso Bolsonaro não seja candidato, Tarcísio ainda lidera a preferência entre os eleitores da direita com 15%, apesar da queda de 2 p.p. entre maio e julho. Michelle vem em segundo, com 13%, e também teve queda de pontos percentuais nos últimos dois meses.

Quem cresceu foi Eduardo Bolsonaro, que saiu de 4% para 8%. No segmento do eleitorado bolsonarista raiz, Eduardo passou passou de 9% para 22% no mesmo período, enquanto Michelle perdeu espaço nesse segmento.

Rejeição segue alta para Lula e Bolsonaro

A guerra das rejeições também continua apertada. O medo de que Bolsonaro volte a ser presidente atinge 44%, enquanto o receio de que Lula permaneça no cargo é de 41%. O cenário é de empate técnico, mas com leve vantagem numérica para Lula.

Metodologia

A pesquisa Quaest foi realizada em parceria com a Genial Investimentos. Foram ouvidas 2.004 pessoas entre os dias 10 e 14 de julho de 2025. A margem de erro máxima é de 2 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

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