Na mais recente pesquisa Genial/Quaest, o presidente Lula aparece com 32% a 35% das intenções de voto no primeiro turno. O levantamento mostra que, diante da fragmentação da oposição, os nomes mais competitivos para disputar o segundo turno contra Lula seriam Jair Bolsonaro (inelegível), com 24%, Michelle Bolsonaro, com 18%, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, com 17%. Já Eduardo Bolsonaro se mostra como o menos competitivo do clã, alcançando apenas 14%.

Cenários com a direita radical dividida favorecem Lula
Nos cenários em que a direita lança Eduardo Bolsonaro em disputa com outro nome do mesmo campo, Lula amplia sua vantagem e passa a ter chances de vitória já no primeiro turno. O petista registra entre 40% e 43% das intenções de voto, percentual superior à soma dos adversários. As simulações indicam:
- Tarcísio + Eduardo = 36%
- Eduardo + Ratinho Jr = 37%
- Eduardo + Zema = 34%
- Eduardo + Caiado = 33%

Ciro Gomes se destaca no 2º turno
Quando observados os cenários de segundo turno, chama atenção a competitividade de Ciro Gomes, que aparece como o nome mais viável contra Lula, com diferença de apenas 7 pontos percentuais. Na sequência, Tarcísio de Freitas mostra competitividade com 8 pontos de distância. Ratinho Jr surge com 12 pontos atrás, enquanto Jair Bolsonaro empata com Romeu Zema, ambos 13 pontos atrás de Lula. Já Michelle Bolsonaro e Ronaldo Caiado aparecem com 15 pontos de desvantagem. Os cenários menos favoráveis à oposição envolvem Eduardo Bolsonaro (18 pontos atrás) e Eduardo Leite (19 pontos atrás).

Estabilidade nas disputas diretas
O histórico dos levantamentos mostra estabilidade nas disputas diretas entre Lula e seus principais adversários. Contra Tarcísio de Freitas, a distância, que havia aumentado entre maio e agosto, se manteve em setembro: Lula com 43% e Tarcísio com 35%. Situação semelhante se repete no embate com Romeu Zema, no qual Lula marca 45% contra 32%, vantagem estável em relação ao mês anterior. Já contra Ronaldo Caiado, Lula aparece com 46% (oscilando um ponto para baixo) enquanto o goiano se mantém em 31%.



Clã Bolsonaro enfrenta desgaste maior
A pesquisa mostra que a vantagem de Lula sobre os nomes da família Bolsonaro aumentou no último mês. Contra Jair Bolsonaro (inelegível), o placar é de 47% a 34%. No cenário com Michelle Bolsonaro, Lula mantém 47%, enquanto a ex-primeira-dama oscila de 34% para 32%.


O maior desgaste é de Eduardo Bolsonaro, que cai de 32% para 29%, dentro da margem de erro prevista para a amostra, enquanto Lula permanece com 47%. Já contra Ratinho Jr, a diferença passou de 10 para 12 pontos, embora ainda menor que a registrada contra o clã Bolsonaro.


Rejeição em alta para nomes bolsonaristas
No campo da rejeição, os dados reforçam o desgaste do bolsonarismo. Jair Bolsonaro viu sua taxa subir de 57% para 64%, Michelle Bolsonaro de 51% para 61%, e Eduardo Bolsonaro de 57% para 68%. Ratinho Jr também registrou alta, enquanto Lula (52%), Tarcísio (40%), Caiado (32%) e Zema (33%) mantiveram estabilidade.

Entre o eleitorado não alinhado nem a Lula nem a Bolsonaro, as rejeições são ainda mais expressivas: Bolsonaro chega a 80%, Eduardo a 75% e Michelle a 67%. Ciro Gomes marca 54%, Lula 50% e Tarcísio 42% nesse subgrupo.

Debate sobre sucessão de Lula e Bolsonaro
O levantamento também indica que 59% dos brasileiros acreditam que Lula não deveria disputar a reeleição em 2026. Entre os nomes citados como possíveis substitutos, aparecem Geraldo Alckmin (9%), Simone Tebet (6%) e Fernando Haddad (5%).


Do lado bolsonarista, o cenário é semelhante: cresceu de 65% para 76% o percentual dos que defendem que Jair Bolsonaro abra mão de uma candidatura e apoie outro nome. Nesse grupo, Tarcísio de Freitas é o mais lembrado como herdeiro político, citado por 15% dos entrevistados. Ratinho Jr aparece em segundo lugar (9%), seguido de Michelle Bolsonaro (5%).


Medo de Bolsonaro superar continuidade de Lula
A pesquisa mostra ainda que o medo de uma eventual volta de Bolsonaro ao poder é maior que a preocupação com a continuidade do governo Lula. 49% afirmam temer mais o retorno de Bolsonaro, contra 41% que dizem recear a permanência de Lula. A “batalha dos medos” mostra que a rejeição ao ex-presidente segue sendo um fator central no cenário eleitoral.

Metodologia
A pesquisa entrevistou 2.004 pessoas entre os dias 12 e 14 de setembro de 2025. O levantamento tem margem de erro máxima de 2 pontos percentuais, com nível de confiança de 95% e foi encomendada pela Genial Investimentos.
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