Pesquisa Quaest: mercado financeiro desaprova Lula, piora avaliação de Haddad e dá voto de confiança a Galípolo no Banco Central

Por Quaest
Publicado em 20 de março de 2025

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Pesquisa Quaest ‘O que pensa o mercado financeiro’ mostra que Lula tem avaliação negativa de 88%, Haddad de 58% e Galípolo, de 8%.

  • 85% veem Haddad mais fraco do que no início do governo. Aprovação do ministro recuou de 41% para 10% desde dezembro.
  • 83% acreditam que a economia vai piorar nos próximos 12 meses.
  • 58% apontam recessão e 82% dizem que a inflação vai terminar o ano maior do que em 2024.
  • Governo Trump será negativo para a economia brasileira na opinião de 66%.
  • Para 98%, a reforma ministerial não vai resolver o problema de governabilidade
  • Gleisi Hoffmann no ministério é um erro para 90%.
  • 60% acreditam que Lula será candidato em 26, mas 66% não o consideram o favorito.

A primeira rodada de 2025 da pesquisa ‘O que pensa o mercado financeiro’, em parceria com a Genial Investimentos, mostra permanência da avaliação negativa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (88% contra 90% em dezembro) e forte alta na reprovação ao trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem 58% de avaliação negativa contra 24% na pesquisa anterior. A avaliação positiva do ministro caiu de 41% para 10% no período. 

Pesquisa Quaest avaliação do governo Lula pelo mercado financeiro

Já o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, é avaliado positivamente por 45% e tem sua gestão avaliada como regular por 41%. Apenas 8% o avaliam negativamente. A gestão de Galípolo corresponde às expectativas de 49% dos ouvidos e está melhor que o esperado para 20%, enquanto 28% consideram cedo para avaliar. Em relação às decisões do presidente do BC, 58% consideram que é muito cedo para avaliar, enquanto 38% dizem que foram decisões técnicas e 5% apontam decisões políticas. 

Economia

A expectativa em relação à economia continua negativa. 83% acreditam em piora nos próximos 12 meses. Para 2025, 58% apontam recessão e 82% dizem que a inflação vai terminar o ano maior do que em 2024. Para 90%, a redução das tarifas de importação não vai baixar os preços dos alimentos, contra 8% que acreditam na eficácia da medida. 

Pesam nessa visão negativa a avaliação de que a reforma ministerial não resolverá o problema de governabilidade (opinião de 98%) e de que o governo tem baixa capacidade de aprovar sua agenda no Congresso Nacional (58%). Para 90%, a indicação de Gleisi Hoffmann como ministra da Secretaria de Relações Institucionais foi um erro. Para 89% o objetivo do governo com a reforma é defender sua base, contra 10% que veem intenção de ampliá-la. 

As projeções do mercado para o ano apontam para uma inflação acumulada de 6,01%, taxa Selic de 14,73% e dólar a R$ 5,96. A taxa básica de juros deverá subir 1 ponto percentual na reunião de março do Comitê de Política Monetária (Copom). 

Brasil x EUA

Outro fator que contribui para o pessimismo é a avaliação de 66% de que o governo de Donald Trump será negativo para a economia brasileira, enquanto 20% não acreditam em impacto local e 9% que esperam impacto positivo. Apesar disso, 78% são de opinião de que as tarifas impostas por Trump terão impacto pequeno sobre a economia. 

Eleição 2026

A pesquisa dedicou um bloco à eleição presidencial de 2026 e constatou que continua em queda a expectativa de candidatura do presidente Lula à reeleição. Em março de 2024, 86% acreditavam nessa possibilidade; em dezembro eram 70% e nesta rodada, 60%. Há um ano, 53% apontavam Lula como favorito, contra 47% que acreditavam em derrota. Nesta rodada, 66% acreditam que o presidente sairia derrotado, contra 27% que apostam na reeleição. 

Caso Lula não seja candidato, o ministro Fernando Haddad é apontado por 57% como o provável candidato da esquerda. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é o candidato com mais chance de vencer a esquerda nas próximas eleições na opinião de 93% dos entrevistados. Em segundo lugar vem Eduardo Bolsonaro, com 3%. 

Metodologia

A pesquisa foi feita entre os dias 12 e 17/3. Foram realizadas entrevistas on-line, através de aplicação de questionários estruturados, com 106 fundos de investimentos sediados em São Paulo e no Rio de Janeiro. 

📊 Confira os dados completos aqui.

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